segunda-feira, 4 de julho de 2016

Anywhere, anyway...

 

Desde que nasci essa vontade constante de estar em várias partes do mundo enquanto tento seguir a rotina me acompanha. Nunca soube se as outras pessoas sentem o mesmo. Fica difícil repetir o mesmo trabalho de cada dia com a mente do outro lado do mundo, principalmente nesses dias, em que não sei se em consequência de algo triste que eu tenha vivido, de algum desajuste hormonal ou simplesmente tédio, minha mente se agarra às lembranças de lugares por onde passei e quis ficar, deixando lá um pouco da minha alma. Às vezes, também, cenas de paisagens que nunca presenciei invadem esses pensamentos já distraídos, trazendo a sensação de estar presa a uma jaula de onde não posso sair.

Já não sei se deveria buscar ajuda para aprender a me contentar com o mundo que tenho ao alcance, ou se gostaria de, realmente, poder estar em todos os lugares. Quem sabe essa angústia um dia me leve a  algum lugar.

Poderei um dia quebrar as grades? Existe vida após a vida? Há tempo o bastante para buscar o lugar ao qual pertenço?