domingo, 11 de setembro de 2016

Ultimato


E eis que sempre chega o precioso último. Uma última noite, um último abraço de despedida, o último domingo de férias, um último instante que não se dá por vencido, deixando a expectativa de se repetir...uma, duas ou dez vezes mais até que venha a última vez.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Anywhere, anyway...

 

Desde que nasci essa vontade constante de estar em várias partes do mundo enquanto tento seguir a rotina me acompanha. Nunca soube se as outras pessoas sentem o mesmo. Fica difícil repetir o mesmo trabalho de cada dia com a mente do outro lado do mundo, principalmente nesses dias, em que não sei se em consequência de algo triste que eu tenha vivido, de algum desajuste hormonal ou simplesmente tédio, minha mente se agarra às lembranças de lugares por onde passei e quis ficar, deixando lá um pouco da minha alma. Às vezes, também, cenas de paisagens que nunca presenciei invadem esses pensamentos já distraídos, trazendo a sensação de estar presa a uma jaula de onde não posso sair.

Já não sei se deveria buscar ajuda para aprender a me contentar com o mundo que tenho ao alcance, ou se gostaria de, realmente, poder estar em todos os lugares. Quem sabe essa angústia um dia me leve a  algum lugar.

Poderei um dia quebrar as grades? Existe vida após a vida? Há tempo o bastante para buscar o lugar ao qual pertenço?

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Pra seguir viagem...


 E no meio do turbilhão sempre existe um plano B. Jessica sem plano B, não é Jessica. Queria publicar essa frase em algum lugar mas certamente ela não seria bem compreendida. Volto pra cá. Minha caverninha pessoal, minha ilha particular, onde despejo minhas ideias, meus pedaços, na esperança de algum dia se tornarem algo produtivo, nem que seja para umas boas risadas futuras.

Há muito tempo me esforço pra entender os estranhos rumos que as coisas tomam, e a boa razão para que coisas terríveis acontecem. Já começo a crer na Lei do Retorno, de que todo o sofrimento que causamos aos outros, algum dia voltam (e se voltam) para nós mesmos...Assim como o amor que jogamos nas esquinas. Mas existe uma coisa que nunca refleti: sofrimento é pra ser digerido, processado, transformado.

Reconheço que no meio das decepções o que mais me machuca não é o fato em si, mas aquilo que deixo de oferecer a mim mesma..dos sonhos que vão ficando pendentes pelo caminho. Penso que eles estão aí para serem realizados, não importa se há vento, tempestade, ou se navego sem rumo num barco solitário: talvez seja essa mesmo a minha sina.