domingo, 31 de maio de 2015

Abrace o que ama

Tem uma coisa que me intriga, que me decepciona, e acaba me servir de consolo: a vida é, de fato, feita de surpresas do início ao fim. E ainda que eu discordasse, existe um perfeito equilíbrio entre cada poeira que se move no vento, e nenhuma folha cai fora de ordem.
Assim como a morte nos surpreende, a vida nos apresenta novos dias, novos rumos, pessoas e lugares, aceitemos ou não. Sem previsão. Basta que fechemos os olhos e deixemos o tempo fluir como uma música suave que nunca aprenderemos a tocar.
E cada segundo é uma vida inteira, que deve ser inteiramente aproveitado como um último suspiro. Cada instante nos convida sem que possamos nos dar conta: apenas aceite e abrace aquilo que ama.
Abracei a terra, o ar, a vida. Admiti que a perda não é real quando tudo o que passou valeu à pena. E tudo o que me trouxer flores, que seja bem vindo.