terça-feira, 30 de setembro de 2014

Papéis, paredes, caixas e sóis


Tento conviver com esse eterno descompasso da vida, entre as coisas que me cercam e os sentidos por trás delas. Ando por aí como se usasse lentes de diferentes graus, e há momentos em que tudo isto se mistura em uma só visão. E todos os sonhos, todas as frases, todas as dores, desejos e todos esses papéis ocupassem o mesmo recinto apertado, com uma bela vista para o Sol.


O conforto das coisas agradáveis compensa a estranheza dessa visão confusa. E muitas vezes acabo por preferir a lente das coisas belas, a gratidão pelo sol, pelos sonhos e por aqueles desejos bobos que sempre escondo debaixo do travesseiro.

A cada instante me convenço de que usar a razão não corresponde ao materialismo e tampouco à seriedade, que o prazer está nas coisas mais simples, que a vida deve ser comemorada a cada respiração (seja como for), e, ainda que a realidade seja repleta de caixas e papéis, deve-se parar para contemplar os "sóis". Eles estão lá, sob o outro ângulo da mesma realidade.

Descobri que cada mero detalhe não nos cerca por acaso. Tudo o que está ao alcance de nossos olhos e de nossa mente é, de alguma forma, nosso. Observe. Aproveite. Ame. Motive-se.









P.S: Grata pelo sono que finalmente chegou. Que venham os sonhos, doces ou não... :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Sublimando a TPM



Minha reclamação de cada mês é a tal da TPM. Já se tornou um temor, um mito, uma semana com data marcada no calendário para se hastear a bandeira a meio mastro, e nunca se tem pra onde correr: alimentação saudável, meditação, dieta...e lá vem ela de novo pra estragar minha planilha de emagrecimento e todos os meus planos positivos para a semana.

Ah, vai passar. Enquanto isso a vida continua, né? Não é desculpa para sair de casa de pijama, arruinar a dieta e adotar o mau humor. Mas hoje refleti que ela pode ser uma boa saída para simplesmente "deixar ser". Sem auto cobrança, sem muitas exigências com meu corpo, rosto e cabelo. Tá tudo fora do lugar, mesmo. E não há nada que uma boa maquiagem não resolva. Todo sono será perdoado. A preguiça...ah, ela faz parte mas não me devora.

A "semana do caos" não justifica desleixos, erros, desistências. Ela só me deixou mais leve ao compreender que todo esse "peso" interno só se trata de ilusão, pra me viver na essência, desenvolver resistências para vencer todas as tentações do conformismo, esquecer os medos, esquecer a "casca", e me deixar levar. Afinal, não é a primeira, nem a última vez que essa tragédia me acontece (rs..).

TPM é soltar os "espartilhos" da vida. É se permitir relaxar no meio da crise. É...fuck it: be yourself.

Pensamento do dia: Keep calm e sai da frente: eu tô na TPM..

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Entre pessoas e vitrines.

De vez em quando tenho a impressão de andar em um corredor solitário repleto de coisas, belezas e pessoas cercadas de vidro por todos os lados, como objetos expostos em vitrines, sem que sequer estejam a venda. E o olhar, o sorriso, o perfume que tanto desejei, permanece intocável, fingindo-se invisível, sem preço. Nunca poderei comprá-lo, e não devo roubá-lo. Mero atrativo, miragem.

E a vida segue. A sensação de observação persiste. Outros olhos e sorrisos me recebem, sem que eu possa escutar nenhuma voz. Escuto minhas músicas e prossigo na minha caminhada repleta de hologramas, nem sempre agradáveis. Me arrumo, me animo e sorrio, como se estivesse sendo observada, o que torna meu percurso mais agradável, e, no entanto, ainda vazio.

Talvez seja culpa dessa cidade, como muitos dizem. Talvez eu ande cega, olhando para vidros escuros com películas. Mas a mera observação sem companhia me soa um tanto sombria. Porém, sorrio, mais uma vez. Tentando quem sabe atrair fluxos de energia positiva que atravesse as vidraças. As figuras nem sempre me correspondem, seguindo seus rumos opostos de cabeça baixa ou olhos cansados.

Meros manequins. Uma pena... era só pra olhar, eu não sabia. E tudo permanece sem preço, sem lógica, sem palavras, sem afagos. E no fim das contas é tanto silêncio que não sei, de fato, de que lado da vitrine eu estou.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Malhando o corpo, mente e espírito

Recentemente a preocupação com saúde e felicidade se tornou prioridade na minha vida. Novos hábitos, bons alimentos, autoajuda...e venho adotando cada vez mais medidas saudáveis no meu dia a dia, o que parece um verdadeiro ritual (é até meio irritante minha mania de suco verde e comida caseira!). A dança, no conforto do meu quarto, me pareceu a forma mais eficiente de me exercitar. Sem stress, sem máquinas, sem hora: Apenas alegria e endorfinas, que me dão uma dose de energia pro dia seguinte.

Tentando alimentar também a mente e o espírito adotei momentos de oração e meditação, seguidos de uma leve terapia de riso, bem cedo, assistindo vídeos engraçados antes de começar o expediente.


É uma tentativa de que tais atitudes se tornem hábitos, incluídos no meu modo automático, para que possam, aos poucos, promover as mudanças que quero ver em mim e, quem sabe, prolongar minha vida. Atitudes inseridas na rotina, de fora pra dentro, parecem não surtir efeito, mas a longo prazo tudo funciona bem! Considero que a mudança não partiu de fora, mas de dentro, pela iniciativa de se viver melhor, da busca pelo meu próprio espírito.

E Vida é o que corre dentro de mim, não no mundo, no contexto. Mesmo quando as noites não me agradam e os dias parecem começar com o pé esquerdo, sigo meu ritual de bem estar, acompanhado de minutos de sol matinal. E aos poucos, bem aos poucos, vai. O mundo não muda, o que muda é a força de vontade para encará-lo. Acho que de repente eu cresci e tudo à minha volta encolheu. É mais fácil encontrar a saída de qualquer labirinto agora.

Às vezes escorrego, volto aos velhos hábitos por alguns momentos, e enxergo à minha frente o caminho a seguir. É triste reconhecer que apesar de tudo, não estou imune a todas as formas de dúvida, angústia e sofrimentos. Para isso não há vacina. Mas deverei sempre contar com minhas defesas próprias. Como defender também quem está à minha volta? Não consigo. Cabe a cada um buscar a própria saúde da alma.

Ao me preocupar com os demais noto que também cultivo o amor, antes desconhecido. É o amor que nos torna humanos, imagem e semelhança de Deus. Talvez ele seja a cura...vou trabalhar nisso.

Desejo um excelente dia (a todos)!

Frase do dia: Quando o ócio incomoda e a mente se agita...Keep calm e vá postar no blog!


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sobre as borboletas no céu e os cacos no chão

O equilíbrio da natureza é algo incontestável. Mais certo ainda é a tendência natural de tudo ir para baixo ( vide força da gravidade).

Tudo busca uma zona de conforto, isso é fato...principalmente no plano "astral", que de tão afetado pela nossa predisposição ao negativismo adquire uma "homeostase" ruim, onde a tendência é olharmos para o chão, e nunca parar pra observar o horizonte.

As noticias ruins sempre tomam maior proporção do que as boas, e a vida já me induziu à crença de que quando tudo vai bem, algo ruim pode acontecer pra estragar tudo. É o famoso "bom demais pra ser verdade"...que ainda que eu me esqueça, sempre se aplica.

E assim, enquanto buscava algo de melhor, olhava para o céu e me distraia perseguindo borboletas, algo precioso se quebrava, me fazendo abandonar os sonhos e me voltar para os cacos espalhados pelo chão, com os quais nada mais poderia fazer.

Quando se junta cacos, e se corta com eles, a vida passa sobre nossas cabeças. Borboletas se vão, o sol se põe e anoitece. Passou. Mais uma vez, outra. Tudo sempre igual.

Por que não pode ser diferente? Eu não poderia quebrar esse ciclo negativo? Posso pensar o inverso, e agir de maneira diferente da que eu estive acostumada. Não vou me abater mais esta vez, afinal, de nada me servem os cacos.

Seguirei pelo céu, com as borboletas e os pássaros. Ah, os pássaros!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O corpo, olhos e sorrisos falam

Eu sempre digo que comunicação é tudo, e descobri que sou completamente apaixonada pela comunicação não verbal. Rostos, movimentos, sorrisos, olhares... as pessoas seriam os melhores memes! Talvez por ser o único método universal de comunicação, que permite que o mundo inteiro interaja sem limites, isso me interesse tanto. E sair por aí colhendo expressões faciais é uma das minhas terapias favoritas.

Quem me dera poder fotografar todos os rostos. Publicaria todas as formas não verbais de se expressar amor, curiosidade, alegria, cansaço, inveja, desejo, distração, sorrisos sarcásticos e "caras de 7x1". Atualmente eu elegeria meu modelo favorito por refletir a alma mais bonita através de lindos olhos.

E me pergunto qual expressão me retrataria...é uma boa pergunta a se fazer. Que sentimentos me refletem? É mais um bom motivo pra incluir mais doses de expressão na vida. Mais umas colheres de alegria, e deixar a alma se refletir nos olhos. Será que eu também gostaria de me registrar?

Meus sentimentos e o "eu" imprevisível


É difícil me adaptar com a ideia de que na vida não haja regra de conduta que preveja os acontecimentos. As estatísticas fazem um bom trabalho mas são meras estatísticas...

Eu, que sempre fui tão sistemática e calculista, já brinquei de criar fórmulas matemáticas que indicassem comportamentos futuros alheios e sempre gostei de ditar regras deterministas sobre o que valia ou não valia à pena no quesito amor.

E aí me vem aquela sensação de "só que não". Foi-se. Não tem fórmula, mapa ou horóscopo que me sirva quando decido viver meus sentimentos, que não poderão jamais ser compreendidos.

Jogo sem capacete, uniforme, joelheira. Qualquer dor pode ser sentida em sua intensidade máxima e vencida pela capacidade humana de auto-regeneração. E o prazer da recompensa...esse não tem descrição, e nunca, nunca mesmo, haverá uma paixão igual a outra.

Sentimentos, com ou sem fundamento, trazem à tona o sabor da imprevisibilidade de si mesmo. Fantástico.

Obrigada, insônia.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Movida a "good vibes"...


Energia é tudo. Nada como alguns momentos de "apagão" pra se reconhecer a importância de se auto-energizar!

Sol. Vento. Dança. Movimento. Amor e muita música... Eu mesma: posso amar assumir esta identidade, e agir como quiser, sentir o que quiser. E aí parto em busca de novas fontes de energia positiva e sustentável à minha alma.  Sim, eu posso.

Faz bem. Há quem diga que até mesmo a inveja pode ser quebrada com "ondas de boas vibrações", mas me preocupo com o excesso. Hoje transbordo, me agito, eletrizo, mas creio que não morrerei de alta tensão.

O tempo, variável infinita, não nos afeta. Temos corpo, alma, mente, coração: distribuamos isso.