segunda-feira, 31 de março de 2014

Meu casulo e eu


A vida lá fora me cansa, me consome como se eu tivesse baterias sendo gastas pelo tempo que me falta, pela energia despendida com as coisas alheias e fatos externos, o que deixa meu mundo particular um trapo.

Procuro um refúgio, um retiro por alguns (ou muitos) dias com a justificativa de reconstruir este mundo devastado, descansar a mente, curar a enxaqueca, me depilar e arrumar o cabelo (isso faz parte..), deixando pra depois o resto, as obrigações, as pessoas que me procuram e as que eu deveria procurar, até que um belo dia eu deixe o casulo e vá em busca do mundo que supostamente teria ficado congelado esperando por mim.

Apesar de saber que o mundo continua a girar, mais uma vez entrei no casulo e sinto que o deixarei sem nenhuma grande transformação em mim. Desta vez me deparo com um mundo novo e com a vida seguindo um curso que eu não conhecia. Como e bom navegar novamente!

Agora não me resta escolha a não ser abandonar o velho casulo e me adaptar. Me lembrei de que tenho sonhos, e de que os sonhos não são como o brilho de estrelas mortas no céu, mas os caminhos a serem percorridos em busca de novos ideais. É que meu mundo se expandiu e esse casulo já não me serve..