quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Meu segredo

Meu segredo é sobre coisas tão belas...que nesse mundo devem permanecer escondidas. Em meio ao meu caminho pelo auto conhecimento e busca por auto-amor e estima, me tira do sério encontrar desses amores sem explicação, ou lógica alguma. Todos dizem que é falta de amor próprio se deixar viver um amor não correspondido, onde se entrega flores e se recebe pedras, mas a natureza me ensinou a deixá-la seguir em frente, e apreciar cada um desses fenômenos de camarote, como quando assisto filmes sozinha no frio da madrugada...

Mais uma vez ele foi, como sempre vai. Já não é questão de revisar o passado, pois hoje vivo cada dia como um espetáculo inédito, e os milhões de amores que encontro pelo caminho, seja para apreciar, calçar, vestir, ou simplesmente sentir seus aromas, são peças únicas e indescritíveis. Esse não tem nome, idade, nem razão. Se locomove, se alimenta e respira sozinho. Não me é indispensável e não perturba minha alma, mas está sempre lá, no meio do caminho sempre que retorno de uma de minhas órbitas.

Aprendi a andar só, me amar só. Faço planos de me levar pra o fim do mundo sem receios de deixar ninguém para trás. Conheci o amor próprio e às vezes isso me basta...mas isto continua ao meu redor, quase imperceptível como pequenas gotinhas de chuva no meio da noite. Caminha solto como um cão sem dono, literalmente sem dono, e eu já não questiono se este um dia olhará pra ele ou virá buscá-lo. Deixo a natureza seguir. Sublimo a indiferença, a distância e o desprezo, mas toda vez que ele se conecta a mim, seja por uma palavra, sinto o calor de um abraço real, abraços que nunca dei pela falta. Quando por acidente, ele surge em meus pensamentos, me leva a um êxtase sem descrição. Não faz mal, não dói (ainda)...e por isso deixo que a natureza o alimente.

Agora viro as costas e sigo novamente. Não sei o porquê de ter de ignorá-lo. O mundo é assim, às avessas. Creio que nunca poderei confessá-lo ou conversar sobre isso. Declarações sempre trazem um tom de cobrança e causam repulsa, até mesmo a mim. Ainda que eu só tenha a falar de coisas belas e sem importância, terei de guardá-las como um grande segredo...mais um amor em segredo.


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Retomando a trilha da Felicidade

Os dias cinzentos me refletem como espelhos, me tirando o foco do Sol e das flores, não havendo outra coisa a observar senão minha própria alma. Me obrigo a levantar, sair de mais uma longa noite de hibernação, e me lembrar dos meus desejos mais insistentes: viver, no mais alto volume e maior intensidade.


Amar de todas as formas possíveis e impossíveis, viver experiências inusitadas e maravilhosas, conhecer os poucos verdadeiros amigos que possam existir no mundo, aprender o que quase ninguém poderia em um curto tempo de vida. Acredito que não há medida, nem exageros quando se busca a felicidade. Mas, por alguma razão me limito, me perco, me frustro. Por onde começo a realizar os meus sonhos? Talvez a resposta certa seja "aqui, agora, com todas as pessoas que se inserirem nele."


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Por favor, não me broche!


Não me prive da diversão de um inusitado curta-metragem a dois. Permita os gestos, falas, cenários. Que minha imaginação possa navegar em boas lembranças e doces expectativas, que não farão mal a ninguém. Não apague as luzes, não me conte o final. Toda história que me empolgue precisa de sangue nas veias, calor e respiração: humanidade.

Por favor, não me canse. Não me broche. Não deixe que os ruídos ao redor distraiam minha frágil atenção. É triste perder a festa, perder a graça, desencantar. Tenho que admitir que algo da minha infância nunca me deixou, e sou movida a fantasias, brincadeiras intermináveis. Ainda que use máscaras, não desapareça.

Me permita uma dose de igualdade, liberdade, prazer. Não me deixe faltar palavras, desejos, aromas e olhares. Pra mulher brochada não há remédios. Foi uma flor que murchou, um avião que não decolou. Se frustrou, e simplesmente foi.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Levantar...outra vez!


Aprendi que o tamanho da vida depende do que esperamos dela. Também aprendi que é super normal mudar meus gostos, objetivos e prioridades a qualquer momento. Aprendi que encontrar Deus pode ser tão fácil para uma criança, e tão complicado para os conhecedores das religiões... que o Sol nasce todo dia (até quando eu não sei), que o nosso "coração" existe pra ser marcado e tatuado infinitas vezes, que "dor de amor" sempre passa e que nada nesse mundo dura para sempre, (inclusive os males :). Que toda forma de amor e admiração pode ser alegremente unilateral, e que a negatividade bilateral pode ser tão destrutiva quanto uma colisão frontal.

E de que me serve tudo isso?  Pra reconhecer que ainda não sei nada da vida, e que a teoria é sempre mais simples que a prática...cair, levantar, caminhar. Viver é um estudo que não tem fim. Que venham as experiências!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sobre o Amor


Amor...essência humana em sua forma mais pura, constantemente confundido com emoções tóxicas e passageiras, ou rotulado pela rigidez da eternidade.

Passamos a vida imersos em estereótipos e fantasias, sendo levados a crer que o amor já não existe, ou nunca existiu. Me questionei: "Como posso amar na solidão?" "Amar sem paixão, ou tesão?" "Não morro de amores pela minha família, e agora? Sou sem coração?". Mas a natureza me diz que o amor corre em minhas veias, em tudo o que me faz vibrar, sempre que me lembro de agradecer a cada respiração ou batimento cardíaco, e aproveitá-los em sua intensidade máxima. Intenso, é assim que defini o amor.

Está nas alegrias espalhadas nas pequenas coisas, nas tristezas, saudades e perdas. O encontro na busca pelo meu próprio prazer e também no meu bem estar. Na solidão e na companhia...e no simples desejo por companhia.

Sim, o amor é eterno. E segue a mais verdadeira Lei da natureza: "Não se cria. Não se perde. Mas transforma-se." A dor passa. As paixões se vão...mas o amor, anda pelas ruas, segue como um rio, ama, desama, se move. Hoje eu digo que o amor me representa.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Com você "não dá"... meu desabafo

Sinceridade é o que me resta para explicar o que nem mesmo eu compreendo. Não pode ser com você, simplesmente. Talvez eu culpe a sua falta de persuasão, palavras colocadas nos momentos errados, sua aparente imaturidade ou a imagem de "poder" que me transmite o receio de uma submissão inadmissível. Mas quem sabe esse impedimento seja todo meu, que não me aceito dentro de clichês de uma lista feminina do seu Whatsapp. O fato é que não dá. Nunca deu. Não quero. E contraditoriamente, lamento isso...

Eu tinha tudo pra querer me divertir (e quero!), esquecer aquilo que me frustrou com algumas doses de prazer, e me permitir um dia sequer aproveitar os benefícios da casca, da pele e da carne como se deve sentir...superficial. Mas o que não me surpreende, não prende minha atenção, não me desperta admiração...morre. Lamento evitar mais esta experiência, ser fria, rude, e exibir uma aura de "mulher certinha" que nunca me pertenceu. É mesmo uma pena não poder curtir nada de tudo isso. Não me liguei a você, como não me ligo às coisas comuns.

Vou seguir em busca do que me encante, me excite, me surpreenda! Não é que eu goste de ser enganada (e acredito que ninguém goste), mas ninguém merece filme com spoiler. Ainda acredito que possam haver boas histórias, originais e interessantes, ainda que tudo não passe de um curta metragem.

That's all.

sábado, 18 de outubro de 2014

Eu: meu único e verdadeiro Sol. O resto é cenografia.

Já é sábado. Meu tradicional dia de resolver tudo o que ficou pendente na semana, seja a escova progressiva, os estudos deixados de lado, os minutos de sol esquecidos  ou meu coração que pediu afastamento para tratamento psicológico ( só pra não dizer que o meu problema está todo na mente)...

Tento colocar tudo no seu devido lugar e seguir minha vida segundo as normas de segurança previamente estabelecidas para estes acontecimentos. É minha rotina virginiana que mais lembra um TOC elevado à décima potência ( tipo..em caso de tsunami, puxe a cordinha!).

Mas como é sem graça passar a vida seguindo rotinas pré estabelecidas, quando os acontecimentos não costumam se repetir (no campo dos sentimentos o caos domina!).

Por que a reação estúpida de tentar esquecer? Não seria melhor viver com as boas lembranças, e as lições dos resultados negativos? É bem mais agradável viver a realidade e aceitá-la do jeito que for do que nunca deixar de lado os sonhos (sejam de chocolate ou de creme) e o velho mundo da imaginação. Isso tenho que admitir...

Talvez eu esteja bem próxima de me tornar adulta (haha..#soquenão), curtindo meus monólogos psicológicos que finalmente parecem me trazer algo produtivo. E antes que a palavra "sozinha", que eu sempre adorei comece a me incomodar, lembro-me de que tenho mesmo que ser o meu próprio "Sol", e aproveito pra recordar as (sábias) palavras que a Gisela Rao me disse ontem:

"Quem tem autoestima up tem varios planetas na orbita e eh o centro do seu universo (...)"

Vou girando, me iluminando, até que um dia os planetas virão... sem luz não morrerei!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Ao encontro do meu caos


No meio de tantas constantes há sempre aqueles dias em que tudo dá errado, que parecem seguir numa harmonia oculta, levando a resultados inesperados e decisivos.

É como se a Teoria do caos fosse a legítima Lei do Universo, e aquele pequeno detalhe, um despertador que não toca ou um almoço esquecido pudessem causar um efeito devastador e definir o rumo de nossas vidas.

Buscando outra interpretação para dias tão loucos, eu concluiria que esses pequenos acidentes na rotina me motivariam a agir diferente do meu comportamento habitual, passando assim a enxergar novas possibilidades e aceitar novas "realidades".

O caos me deu liberdade de explorar inúmeras possibilidades, seguir em rumos desconhecidos (literalmente), e compreender qualquer mudança de planos que não estivesse nos meus objetivos. É entregar-se à sorte ou ao azar, e ser feliz com o que surgir...sem mais previsões.

Quantos acontecimentos, quantos lugares em um só dia! Tantos sentimentos e expectativas guardados no fundo daquele lago...e muitas lições não tão difíceis de assimilar.

Valeu. Os amigos valem. Palavras mudam destinos. Olhares e sorrisos marcam para sempre e a brisa gratuita fica de lembrança. Que bom.

E meu mundo continua a girar dentro da ordem do caos.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Papéis, paredes, caixas e sóis


Tento conviver com esse eterno descompasso da vida, entre as coisas que me cercam e os sentidos por trás delas. Ando por aí como se usasse lentes de diferentes graus, e há momentos em que tudo isto se mistura em uma só visão. E todos os sonhos, todas as frases, todas as dores, desejos e todos esses papéis ocupassem o mesmo recinto apertado, com uma bela vista para o Sol.


O conforto das coisas agradáveis compensa a estranheza dessa visão confusa. E muitas vezes acabo por preferir a lente das coisas belas, a gratidão pelo sol, pelos sonhos e por aqueles desejos bobos que sempre escondo debaixo do travesseiro.

A cada instante me convenço de que usar a razão não corresponde ao materialismo e tampouco à seriedade, que o prazer está nas coisas mais simples, que a vida deve ser comemorada a cada respiração (seja como for), e, ainda que a realidade seja repleta de caixas e papéis, deve-se parar para contemplar os "sóis". Eles estão lá, sob o outro ângulo da mesma realidade.

Descobri que cada mero detalhe não nos cerca por acaso. Tudo o que está ao alcance de nossos olhos e de nossa mente é, de alguma forma, nosso. Observe. Aproveite. Ame. Motive-se.









P.S: Grata pelo sono que finalmente chegou. Que venham os sonhos, doces ou não... :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Sublimando a TPM



Minha reclamação de cada mês é a tal da TPM. Já se tornou um temor, um mito, uma semana com data marcada no calendário para se hastear a bandeira a meio mastro, e nunca se tem pra onde correr: alimentação saudável, meditação, dieta...e lá vem ela de novo pra estragar minha planilha de emagrecimento e todos os meus planos positivos para a semana.

Ah, vai passar. Enquanto isso a vida continua, né? Não é desculpa para sair de casa de pijama, arruinar a dieta e adotar o mau humor. Mas hoje refleti que ela pode ser uma boa saída para simplesmente "deixar ser". Sem auto cobrança, sem muitas exigências com meu corpo, rosto e cabelo. Tá tudo fora do lugar, mesmo. E não há nada que uma boa maquiagem não resolva. Todo sono será perdoado. A preguiça...ah, ela faz parte mas não me devora.

A "semana do caos" não justifica desleixos, erros, desistências. Ela só me deixou mais leve ao compreender que todo esse "peso" interno só se trata de ilusão, pra me viver na essência, desenvolver resistências para vencer todas as tentações do conformismo, esquecer os medos, esquecer a "casca", e me deixar levar. Afinal, não é a primeira, nem a última vez que essa tragédia me acontece (rs..).

TPM é soltar os "espartilhos" da vida. É se permitir relaxar no meio da crise. É...fuck it: be yourself.

Pensamento do dia: Keep calm e sai da frente: eu tô na TPM..

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Entre pessoas e vitrines.

De vez em quando tenho a impressão de andar em um corredor solitário repleto de coisas, belezas e pessoas cercadas de vidro por todos os lados, como objetos expostos em vitrines, sem que sequer estejam a venda. E o olhar, o sorriso, o perfume que tanto desejei, permanece intocável, fingindo-se invisível, sem preço. Nunca poderei comprá-lo, e não devo roubá-lo. Mero atrativo, miragem.

E a vida segue. A sensação de observação persiste. Outros olhos e sorrisos me recebem, sem que eu possa escutar nenhuma voz. Escuto minhas músicas e prossigo na minha caminhada repleta de hologramas, nem sempre agradáveis. Me arrumo, me animo e sorrio, como se estivesse sendo observada, o que torna meu percurso mais agradável, e, no entanto, ainda vazio.

Talvez seja culpa dessa cidade, como muitos dizem. Talvez eu ande cega, olhando para vidros escuros com películas. Mas a mera observação sem companhia me soa um tanto sombria. Porém, sorrio, mais uma vez. Tentando quem sabe atrair fluxos de energia positiva que atravesse as vidraças. As figuras nem sempre me correspondem, seguindo seus rumos opostos de cabeça baixa ou olhos cansados.

Meros manequins. Uma pena... era só pra olhar, eu não sabia. E tudo permanece sem preço, sem lógica, sem palavras, sem afagos. E no fim das contas é tanto silêncio que não sei, de fato, de que lado da vitrine eu estou.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Malhando o corpo, mente e espírito

Recentemente a preocupação com saúde e felicidade se tornou prioridade na minha vida. Novos hábitos, bons alimentos, autoajuda...e venho adotando cada vez mais medidas saudáveis no meu dia a dia, o que parece um verdadeiro ritual (é até meio irritante minha mania de suco verde e comida caseira!). A dança, no conforto do meu quarto, me pareceu a forma mais eficiente de me exercitar. Sem stress, sem máquinas, sem hora: Apenas alegria e endorfinas, que me dão uma dose de energia pro dia seguinte.

Tentando alimentar também a mente e o espírito adotei momentos de oração e meditação, seguidos de uma leve terapia de riso, bem cedo, assistindo vídeos engraçados antes de começar o expediente.


É uma tentativa de que tais atitudes se tornem hábitos, incluídos no meu modo automático, para que possam, aos poucos, promover as mudanças que quero ver em mim e, quem sabe, prolongar minha vida. Atitudes inseridas na rotina, de fora pra dentro, parecem não surtir efeito, mas a longo prazo tudo funciona bem! Considero que a mudança não partiu de fora, mas de dentro, pela iniciativa de se viver melhor, da busca pelo meu próprio espírito.

E Vida é o que corre dentro de mim, não no mundo, no contexto. Mesmo quando as noites não me agradam e os dias parecem começar com o pé esquerdo, sigo meu ritual de bem estar, acompanhado de minutos de sol matinal. E aos poucos, bem aos poucos, vai. O mundo não muda, o que muda é a força de vontade para encará-lo. Acho que de repente eu cresci e tudo à minha volta encolheu. É mais fácil encontrar a saída de qualquer labirinto agora.

Às vezes escorrego, volto aos velhos hábitos por alguns momentos, e enxergo à minha frente o caminho a seguir. É triste reconhecer que apesar de tudo, não estou imune a todas as formas de dúvida, angústia e sofrimentos. Para isso não há vacina. Mas deverei sempre contar com minhas defesas próprias. Como defender também quem está à minha volta? Não consigo. Cabe a cada um buscar a própria saúde da alma.

Ao me preocupar com os demais noto que também cultivo o amor, antes desconhecido. É o amor que nos torna humanos, imagem e semelhança de Deus. Talvez ele seja a cura...vou trabalhar nisso.

Desejo um excelente dia (a todos)!

Frase do dia: Quando o ócio incomoda e a mente se agita...Keep calm e vá postar no blog!


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sobre as borboletas no céu e os cacos no chão

O equilíbrio da natureza é algo incontestável. Mais certo ainda é a tendência natural de tudo ir para baixo ( vide força da gravidade).

Tudo busca uma zona de conforto, isso é fato...principalmente no plano "astral", que de tão afetado pela nossa predisposição ao negativismo adquire uma "homeostase" ruim, onde a tendência é olharmos para o chão, e nunca parar pra observar o horizonte.

As noticias ruins sempre tomam maior proporção do que as boas, e a vida já me induziu à crença de que quando tudo vai bem, algo ruim pode acontecer pra estragar tudo. É o famoso "bom demais pra ser verdade"...que ainda que eu me esqueça, sempre se aplica.

E assim, enquanto buscava algo de melhor, olhava para o céu e me distraia perseguindo borboletas, algo precioso se quebrava, me fazendo abandonar os sonhos e me voltar para os cacos espalhados pelo chão, com os quais nada mais poderia fazer.

Quando se junta cacos, e se corta com eles, a vida passa sobre nossas cabeças. Borboletas se vão, o sol se põe e anoitece. Passou. Mais uma vez, outra. Tudo sempre igual.

Por que não pode ser diferente? Eu não poderia quebrar esse ciclo negativo? Posso pensar o inverso, e agir de maneira diferente da que eu estive acostumada. Não vou me abater mais esta vez, afinal, de nada me servem os cacos.

Seguirei pelo céu, com as borboletas e os pássaros. Ah, os pássaros!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O corpo, olhos e sorrisos falam

Eu sempre digo que comunicação é tudo, e descobri que sou completamente apaixonada pela comunicação não verbal. Rostos, movimentos, sorrisos, olhares... as pessoas seriam os melhores memes! Talvez por ser o único método universal de comunicação, que permite que o mundo inteiro interaja sem limites, isso me interesse tanto. E sair por aí colhendo expressões faciais é uma das minhas terapias favoritas.

Quem me dera poder fotografar todos os rostos. Publicaria todas as formas não verbais de se expressar amor, curiosidade, alegria, cansaço, inveja, desejo, distração, sorrisos sarcásticos e "caras de 7x1". Atualmente eu elegeria meu modelo favorito por refletir a alma mais bonita através de lindos olhos.

E me pergunto qual expressão me retrataria...é uma boa pergunta a se fazer. Que sentimentos me refletem? É mais um bom motivo pra incluir mais doses de expressão na vida. Mais umas colheres de alegria, e deixar a alma se refletir nos olhos. Será que eu também gostaria de me registrar?

Meus sentimentos e o "eu" imprevisível


É difícil me adaptar com a ideia de que na vida não haja regra de conduta que preveja os acontecimentos. As estatísticas fazem um bom trabalho mas são meras estatísticas...

Eu, que sempre fui tão sistemática e calculista, já brinquei de criar fórmulas matemáticas que indicassem comportamentos futuros alheios e sempre gostei de ditar regras deterministas sobre o que valia ou não valia à pena no quesito amor.

E aí me vem aquela sensação de "só que não". Foi-se. Não tem fórmula, mapa ou horóscopo que me sirva quando decido viver meus sentimentos, que não poderão jamais ser compreendidos.

Jogo sem capacete, uniforme, joelheira. Qualquer dor pode ser sentida em sua intensidade máxima e vencida pela capacidade humana de auto-regeneração. E o prazer da recompensa...esse não tem descrição, e nunca, nunca mesmo, haverá uma paixão igual a outra.

Sentimentos, com ou sem fundamento, trazem à tona o sabor da imprevisibilidade de si mesmo. Fantástico.

Obrigada, insônia.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Movida a "good vibes"...


Energia é tudo. Nada como alguns momentos de "apagão" pra se reconhecer a importância de se auto-energizar!

Sol. Vento. Dança. Movimento. Amor e muita música... Eu mesma: posso amar assumir esta identidade, e agir como quiser, sentir o que quiser. E aí parto em busca de novas fontes de energia positiva e sustentável à minha alma.  Sim, eu posso.

Faz bem. Há quem diga que até mesmo a inveja pode ser quebrada com "ondas de boas vibrações", mas me preocupo com o excesso. Hoje transbordo, me agito, eletrizo, mas creio que não morrerei de alta tensão.

O tempo, variável infinita, não nos afeta. Temos corpo, alma, mente, coração: distribuamos isso.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Um minuto de paixão. Com creme e sem adoçante.


Admiro a capacidade que algumas raras pessoas têm de me fazer enxergar somente o que há de bom em mim, o lado meio cheio da vida...é quando meus instantes se tornam eternos, e tudo se torna possível. É o elixir da juventude! É uma pena que isto não possa durar muito tempo, e que ainda hajam lapsos de consciência que me sacodem sem sucesso, tentando me resgatar a uma dura e cruel realidade.

Não importa! Viva o que é belo, hoje e sempre... Tudo é só uma brincadeira. Ao menos desta vez. Só mais cinco minutos e me devolvo meus sonhos.

Ainda não sei se sou capaz de amar, mas me alegra apenas ver o sol, e sentir o cheiro da chuva que nem se quer surgiu no céu. Meu coração bateu mais rápido, sem querer, ou quem sabe apenas tenha voltado a bater. Eis a doçura da vida: Enjoy the party.

(Sem mais. Boa noite).


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

As pessoas "felizes" tem segredos?


Conclui que as pessoas felizes demais podem me ser tão tóxicas quanto os reclamadores de plantão. Eu poderia até chamar isso de inveja, afinal, existem questões mais básicas da minha consciência que ainda não foram esclarecidas e tenho me considerado uma completa ignorante em matéria de evolução espiritual e auto-motivação.

A vida é uma matéria em que não adianta estudar a teoria, e penso que apenas poucas mentes iluminadas são capazes de desvendar os segredos simples, aprender o valor daquilo que quase ninguém vê e encontrar o equilíbrio entre "ter o que se ama" e "amar o que se tem". No fundo todos sabem o que têm que fazer, mas não se sabe como fazer...e passamos a vida correndo atrás de uma felicidade que nunca se viu, como ratos girando uma roda em uma gaiola, sem nunca chegar a lugar algum. Nos espelhamos nas tais "pessoas felizes", sejam os bem sucedidos financeiramente, personagens de histórias fictícias, famílias perfeitas de comerciais e todo tipo de máscaras que encontramos pelo caminho: Expectativas, expectativas, expectativas...a receita da frustração.

Passo meus dias tentando sublimar meus problemas, ignorar o que me desagrada quando não encontrei nenhuma alternativa para corrigir o que minha mente perfeccionista condenou. Luto para me aperfeiçoar e mudar o que deixou a desejar, mas não me sinto motivada. É só minha programação natural, instinto de sobrevivência animal que não me permite ficar parada. E ao contrário do que ouvi dizer, estar perto das tais "pessoas felizes" não me desperta essa motivação. Sempre me vêm aquele pensamento simplório de que "é fácil estar bem consigo mesma quando tudo vai bem. É fácil ser feliz quando não se tem problemas...", mas espere. Quem é que não tem problemas? Quem é que, mesmo cercado de dinheiro e amigos, nunca parou pra questionar a sua própria felicidade? Eles só vibram em uma frequência incapaz de acompanhar, ou usam máscaras impossíveis de se identificar. Não fazem parte do meu mundo.

Não sei se é excesso de ignorância ou de sabedoria, mas a felicidade extrema não é compatível comigo. Por vezes sinto falta da ignorância, que me permitia me conformar com coisas sem valor e me alegrar com uma visão ilusória do meu próprio mundo... por outras vezes, me sinto cansada de escalar, e caio na tentação de olhar para cima e para baixo. Paixões não me impressionam, brindes não me motivam, dinheiro não me compra e o espaço que ocupo no planeta não é o bastante...que problemão!


E é aí que eu recorro ao meu tradicional momento de isolamento. É hora de confrontar minha própria consciência, ainda que, mais uma vez, não se chegue a lugar algum. E procurar por mentes como a minha, ainda que não tão complicadas, ainda que não falem português.

Gosto de gente de verdade que compartilha experiências boas e ruins, sem máscaras depressivas, infelizes, perdidas ou agressivas. Gosto de quem me ensina o caminho que percorreu pra sair da fossa, e que, na medida do possível, aprende com minhas teorias criativas sobre a vida e me acompanha na vontade de ganhar o mundo.

E agora, nada de abrir a boca pra reclamar dos velhos problemas. Sinto que às vezes não passo de uma mulher na TPM com seus problemas de primeiro mundo...


"Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos. Quem é feliz, satisfaze-se por ser. E sabe que felicidade anda coladinha na inveja. Quem é feliz não precisa provar nada, simplesmente é. As pessoas felizes demais nunca me passaram confiança. Essa coisa de que a vida é uma festa e não existe nada errado, não me brilha aos olhos. Feliz é quem conhece o lado ruim e o respeita. Feliz é quem já foi infeliz. Somente quem já foi infeliz pode entender que a tristeza traz um punhado muito bom de aprendizados. O oba-oba de quem nunca se deixou entristecer não serve na minha vida. Felicidade não é sobre quem grita mais alto; é sobre quem sorri mais fundo"
Camila costa


sábado, 12 de julho de 2014

Sobre a Saudade, ou sei-lá-o-quê

Ainda não sei explicar como funciona essa tal de saudade. Parece simples de se compreender desde que nos entendemos por gente...mas é praticamente impossível de se definir em palavras, considerando que este termo nem sequer existe em outro idioma que não o meu.

Às vezes me ocorre de sentir saudades de lugares onde nunca pisei, e agora, de alguém com quem nunca estive. Talvez isso não devesse se chamar saudade, mas algum outro substantivo ainda não imaginado...surreal!

Talvez eu seja avessa à saudade, por estar sempre procurando me distanciar, distrair, dispersar, para que nada dure tempo o suficiente para me fazer falta...

Ou quem sabe eu goste mesmo disso, pois, de modo tão repentino, a minha "lista de saudade" só cresce, com tudo o que foi belo e ficou pra trás.

Saudade é inerente a tudo o que valeu à pena, e mesmo aquilo que pode ir e voltar. Até mesmo quando sou eu que vou.

Eu prefiro aquilo que vai. Mais ainda, o que vai e volta. E viva a saudade!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Alors, on (re)commence!

De certa forma, hoje é o primeiro dia do ano. Primeiro dia fora da Copa, primeiro dia trabalhando sem a chefe, primeiro dia oficialmente de dieta. É nessas horas que dá pra sentir o peso da responsabilidade de cada bobagem que possamos fazer...Agora é comigo, não adianta por a culpa no "Jogo do Brasil".


Tudo o que começa me empolga, e de certa forma me cansa se reflito sobre o percurso, e sobre a necessidade de se manter a mesma disposição até o fim...o velho problema das dietas que têm começo e não têm fim! Não me resta escolha: o jeito é começar todos os dias, como se fosse o primeiro e último momento. Como já ouvi falar, não olhar para o cume da montanha, e sim para o meu passo.


E quando tudo o que foi aprendido nos outros "começos" não me serve, cabe a mim trilhar novos caminhos e métodos. Experiência e erro até que se chegue ao resultado exato. Sem mais adiamentos.

Contagem regressiva. Pés no chão. O placar do futuro se decide a cada instante...e até agora, é 0x0.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Insônia

O dia de amanhã virou item superfluo. Um minuto, dois...quarenta. O tempo passa diante de mim, e aqui dentro, nem uma brisa.

Já viajei nos meus sonhos insones, pelas ruas da cidade, e a semana de trabalho, o whatsapp, a copa do mundo, os turistas franceses, as contas a pagar, o barulho da estrada, academia amanhã, o frio e diferentes canções...tudo isso me faz companhia. Quanta hiperatividade!

Já tentei canalizar toda essa energia em algo produtivo, mas isso sempre me queima os fusíveis. E minha mente se espalha no universo como folhas ao vento em meio a tantas ideias que não se pode expressar.

Não sei em que parte do mundo ela se perdeu, mas a única forma de me dar descanso é deixar a onda levar. E que a noite me conforte ainda que já seja dia.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Amor platônico aos 25...e a mulher resolvida quebra a perna!

Se eu pudesse fazer uma síntese da minha confusa vida amorosa (em alguns momentos, mais para sexual do que sentimental..), eu diria que tirei de letra os "meninos" da minha vida, mas que ainda não aprendi a lidar com homens.
 
É divertido me lembrar de como era fácil me apaixonar, desapaixonar, beijar sem compromisso e passar horas a fio fantasiando minha primeira vez, que não viria a ser nem um pouco parecida com o que fora imaginado.
 
Quando menina eu me achava tanto, que tinha a convicção de que podia ter qualquer garoto que quisesse. E assim foi, até os 16 anos, quando vieram os primeiros tocos e situações embaraçosas que se repetiram por vários anos.
 
Naquele tempo se apaixonar era quase um vício. Era como se a vida perdesse o sentido se não houvesse ninguém para quem escrever um poema, pensar quando tocava "aquela música", ou chorar de vez em quando. E não tinha como evitar. Era uma oferta imensa de meninos de todo tipo, e parecia que também não tinham mais nada em que pensar, senão em garotas...bobinhos.
 
Quando me apaixonava o plano já estava pronto: era só aparecer naquela festinha em que ele iria estar, ou sem festa nem nada usar uma amiga de pombo correio e tava tudo resolvido. O celular também foi um perfeito aliado em algumas situações, quando não podiam fazer mais nada além de mandar sms.
 
 
Mas hoje, com tantos recursos que tenho à disposição e a auto confiança de uma mulher feita me vejo corar o rosto e ficar sem ação diante de um ser barbado de olhos claros que me deparo frequentemente no corredor. Quem será ele? A intranet do serviço já me revelou seu nome e nada como uma pesquisa google pra me esclarecer tudo. Porém, sou incapaz de lhe dirigir a palavra e confesso que desviei o olhar quando ele parou e me fitou, como se eu estivesse olhando para o próprio sol.
 
Talvez o tempo, ou as crises antissociais tenham me tornado uma perfeita idiota. E contrariando todo o meu feminismo, me pego, aos poucos me repaginando, para que quem sabe aqueles olhos me olhem com mais frequência.
 
Bancar o esquadrão da moda no meu guarda-roupa (saco de batata, no more!!), compro maquiagem, sem querer torno meus gestos mais delicados e volto pra dieta..aargh. Talvez eu esteja fazendo isso errado. Pode ser que não adiante nada, mas tudo vale à pena quando se vê a vida como um jogo divertido.
 
 
 
E agora que a bobinha sou eu...quem sabe eu encontre por aí um tutorial de como se comunicar!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Tudo é tão pequeno...


E tem momentos na vida em que parece que tudo é tão pequeno...e aquele espinho na carne apenas coça, e os acontecimentos infelizes são simples motivos para boas risadas. Tudo tem jeito, tudo tem graça, passa. Ai, que saudade do que já passou!

É como olhar pra trás após uma longa jornada: "Sobrevivi, valeu à pena, e o cume que alcancei dependeu unicamente de mim, na escolha de cada rumo que tomei".

E o mundo é pequeno, minimamente belo, se não acrescenta, não danifica. Pequenas frações de vida.

sábado, 7 de junho de 2014

Rise up!

Às vezes a tristeza se vai. E só o que me resta é a sombra de uma lua maravilhosa. O movimento dentro de mim é intenso e uma longa viagem se passa em alguns minutos.
É surpreendente o que a vida pode me trazer a cada instante...sinto uma força inexplicável! (Obrigada Deus!)
Um dia de alienação. Não sei o que se passa no mundo e nem me interessa saber. Neste instante, there's no place I'd rather be. Dentro de mim faz um tempo bom, temperatura em torno de 38°C, algumas nuvens esparsas, uma brisa agradável e um bom livro para ler.
Sinto que todo o conhecimento é pouco e tudo o que se passou na minha vida, sendo o desfecho bom ou ruim, me serviu de lição e me deixou algo de bom.
Aprendi a reter o que foi bom de tudo e todos. O resto ficou na peneira e foi pro saco. O que será que ainda tenho pra viver? Só me desejo coisas boas. E como dizia Clodovil, "mais tem Deus pra dar, que a ***** do diabo pra tirar!"
E la nave va...

sexta-feira, 6 de junho de 2014

E na estrada...a solidão


Questiono essa minha sina de que as pessoas que me apego sempre vão embora sem se despedir, sem deixar sequer explicações ou uma ponte pelo caminho. Aconteceu de novo. Talvez o problema esteja comigo, embora me pareça incompreensível. Me reservo a observar o mundo de longe, me manter distante e apreciar momentos, ideias, amores e risadas pela superfície, pois se hesito em mergulhar de cabeça tudo desaparece como se fosse apenas um sonho.

A solidão nunca me machucou, nasci com ela e dela nunca me desfaço...o que me dói, ainda que eu não queira, é a companhia que acostuma, festeja, acalenta, e depois se vai com uma certa crueldade.

Não aceito que nada e ninguém atrapalhe a construção da minha felicidade, estruturas da alma que me custam muito tempo de trabalho árduo. Mas hoje, isso parece inevitável. Não devo me envergonhar de me entristecer e deixar nascer uma lágrima que nem sequer cairá ao chão.

Seguir em frente, me abraçar, respirar fundo...pessoas são assim mesmo, tem um mundo me esperando lá fora.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Restes de rêves...



Insisto que se todos considerassem as boas alternativas com a mesma frequência que consideram as más, a vida não teria de ser amarga pra nenhum de nós. Todos deveriam ser egoístas ao menos em busca de um melhor para si, ignorando o que outros pensem ou digam a seu respeito, mas se alegrar em dar tudo de si pelos verdadeiros amigos e amores, viver cada instante como algo único e fugaz.

Às vezes a fórmula da vida parece realmente simples, tão simples...que não se sabe como muita gente não aprende. Que não se sabe por que nós mesmos não conseguimos aplicar em diversas situações, e nosso caminho vai se enchendo de sonhos mortos espalhados pelos cantinhos escuros, debaixo de tapetes, e todo mundo guarda uma mágoa, uma tristeza, um arrependimento, um "algo que eu deveria ter dito", ou pior...um "algo que eu não deveria ter feito".

Mais incompreensíveis são as mágoas que não dependem de nós mesmos, o que não dá mais pra corrigir e a melhor forma de se curar seria deixá-las pra "lá", o que também não depende de nós. E aí não adianta de muita coisa tentar realizar sonhos alheios quando tive de abandonar os meus...terei chance de encontrar a felicidade plena?

O jeito é seguir, aproveitar as alegrias, gravar na memória tudo de belo que encontrar, ser "o melhor de mim" às pessoas que amar e tentar buscar as respostas das perguntas que fiz, ao amor e ao afeto que lancei em fundos perdidos. Os sonhos perdidos ficarão como cicatriz, como aquelas que todo mundo tem.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Reviver...fora do casulo

Acredito que cada dia tem algo que se aproveite, qualquer acontecimento ou insight que eu possa chamar de "moral da história" ou simplesmente de "cerejinha do bolo", que mesmo sem bolo, adoça.

Encontrei no meu novo emprego minha velha rotina, e a oportunidade de rever a minha vida de um novo patamar. Não é a vida que muda, mas a forma como a gente a enxerga.

E como eu mudei! Foi o que concluiu uma velha amiga que reencontrei na hora do almoço. E vimos que ainda curtimos muitas das velhas coisas...Posso ter engordado, deixado de ir a shows de reggae e passado a usar salto alto, mas me reencontro naquilo que ainda me faz vibrar.

Permanece a vontade intensa de viver e conhecer o que há do outro lado, apesar dos meus movimentos estarem sempre um tanto procrastinados. Gosto de viver em transformação, ainda que nas pequenas coisas, levando um pouco de mim a cada novo lugar. Ainda dá tempo de reviver velhas boas coisas...E superar as dores que passaram, sempre com suas lições.

Caminhando pelo mesmo lugar é muito bom concluir que muito sofrimento já passou, e sempre há o que nos ajude a vencer as lutas que virão.

O rosto muda, os sonhos se transformam, mas a essência é eterna.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Meu casulo e eu


A vida lá fora me cansa, me consome como se eu tivesse baterias sendo gastas pelo tempo que me falta, pela energia despendida com as coisas alheias e fatos externos, o que deixa meu mundo particular um trapo.

Procuro um refúgio, um retiro por alguns (ou muitos) dias com a justificativa de reconstruir este mundo devastado, descansar a mente, curar a enxaqueca, me depilar e arrumar o cabelo (isso faz parte..), deixando pra depois o resto, as obrigações, as pessoas que me procuram e as que eu deveria procurar, até que um belo dia eu deixe o casulo e vá em busca do mundo que supostamente teria ficado congelado esperando por mim.

Apesar de saber que o mundo continua a girar, mais uma vez entrei no casulo e sinto que o deixarei sem nenhuma grande transformação em mim. Desta vez me deparo com um mundo novo e com a vida seguindo um curso que eu não conhecia. Como e bom navegar novamente!

Agora não me resta escolha a não ser abandonar o velho casulo e me adaptar. Me lembrei de que tenho sonhos, e de que os sonhos não são como o brilho de estrelas mortas no céu, mas os caminhos a serem percorridos em busca de novos ideais. É que meu mundo se expandiu e esse casulo já não me serve..