sexta-feira, 24 de maio de 2013

Great hair day: Será apenas um ponto de vista?

Acho que todo mundo adora ter um "Great Hair Day", principalmente quando cai numa sexta-feira!


É aquele dia em que seu cabelo está de bom humor, você se sente na propaganda do shampoo, anda se sentindo "leve" pelas ruas e os estranhos te cumprimentam, você para o trânsito (mesmo estando na faixa de pedestres), percebe homens torcendo o pescoço pra te ver passar, senhoras te ajudam a atravessar a rua (!), os vendedores são simpáticos e ágeis e o cartão não está fora do ar.

Hoje estou vivendo um dia desses. É um raro fenômeno astral, colocaram drogas na minha água ou é simplesmente o dia do pagamento. E tanta alegria não me fez gastar demais...muito pelo contrário, me sinto satisfeita. Chego a passar na frente da loja "Ritual de Beleza" e pensar: "não preciso, meu bem. Eu já sou linda.".

Talvez, ao invés de pensar que há algo de errado comigo, posso concluir que finalmente "há algo certo". Quem sabe todos os "bad hair days" também sejam simplesmente coisa de "ponto de vista". Em outros dias, ao ver um homem olhando pra mim eu penso "tô cagada ou minha calça rasgou".

Acho que o mundo é um espelho que reflete como a gente o vê. É fato. Acontece mesmo. E mesmo que nada de extraordinário aconteça, podemos ter dias incríveis.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Manual do "pé na bunda"

Há certos momentos na vida em que todo mundo precisa ser "sacudido" e "acordar pra vida", o que nunca acontece a tempo, pois se a gente mesmo não se "sacudir", não há quem possa nos despertar.


É muito fácil identificar quem levou um "pé na bunda" (e não tem autoestima) mesmo sem conhecer a pessoa direito. Eu chego a sentir vergonha alheia e uma grande vontade de "sacudir" a pessoa (e quando essa pessoa sou eu, então...aiaiai). Orgulhosa como sou, eu gostaria de poder "voltar no tempo" e me acorrentar, longe de qualquer meio de comunicação, e me sedar até que a vontade de fazer coisas estúpidas passasse.

Eu só precisava de um banho de água fria que me fizesse acordar e parar o que estava fazendo imediatamente. Isso me inspirou a criar um manual do "pé na bunda" para alguma alma sofredora que por acaso vier a cair por engano neste endereço, ou até mesmo pra mim, se isso acontecer outra vez:

1 - Não tente difamar o/a ex ou ficar com aquele discurso de "ele (a) não presta...". Ele não presta pra você. Você pode admitir o quanto ele (a) é uma ótima pessoa (se o for), e aprender a separar as coisas.

2 - Não fique postando no Facebook aqueles textos de homem / mulher resolvido (a) sentimentalmente, do tipo: "(...) não te quero mais." ou "De agora em diante, vida nova...", "Estou feliz...". É ridículo. Principalmente quando no fundo tudo o que você quer é aquela pessoa de volta, e na primeira ligação dele(a) você volta correndo. Perde a credibilidade.

3 - Falar de amor próprio nessas horas, só se for verdadeiro. Você não engana ninguém, todo mundo (inclusive vc) percebe que está arrasado(a).

4 - Cuidado com o excesso de "Hoje é sexta-feira!!!" e fotos de baladas...isso prejudica sua imagem. Caia na real. Ele (a) não se importa se você está se divertindo, enchendo a cara, dando pra todo mundo, etc. Ele (a) nem vai ver a foto.

5 - Não ligue. Diga o que tem que dizer enquanto tem oportunidade pra isso. Se foi você que errou, tente pedir perdão com sinceridade, e se não tiver sucesso, não...não insista.

6 - Não fique dando indiretas em Facebooks, microblogs e afins... ninguém tem nada a ver com a sua dor de cotovelo.

7 - Seja você mesmo, sempre. Não adianta se reprimir no namoro e depois do "fora", querer "voltar a ser você"...Ainda bem que acabou, heim!?

8 - Não expresse sua dor pra todo mundo, mas chore quando for preciso. Converse sobre o assunto com quem estiver disposto a te ajudar. Respire fundo. Não há dor que dure pra sempre.

9 - Se não se sente bem, não precisa se forçar a sair, beber ou arrumar novos parceiros. Respeite o luto. Se respeite...descanse, retome sua consciência, e aí sim...vida nova!

10 - Dê um tempo pra você. Guarde as fotos, os presentes (se tiver), os e-mails e todas as lembranças em uma caixinha proibida..só pra não ficar olhando. Um dia isso não vai significar muita coisa pra você.

11 - Sempre que se lembrar da pessoa e começar a sentir falta de seus atributos e qualidades...mude de assunto com sua própria consciência e pense em você...o que tem de bom, do que se agrada em si mesmo (a). Por exemplo, hoje eu estava andando na rua e escutei umas mulheres falando como gostam que os homens se vistam. Comecei a lembrar do cara que me deu um fora, como ele se vestia bem...e aí eu mudei de assunto comigo mesma e comecei a pensar em como eu gosto do meu estilo , do meu cabelo, dos meus olhos e da roupa que eu estava vestindo. Ufa! Exorcizou.

12 - Não cometa exageros: não coma demais, não beba demais, não compre demais. Isso vai abalar sua autoestima mais ainda no futuro. Se controle.

13 - Evite cometer os mesmos erros com os outros e consigo mesmo (a). Procure se amar antes de amar outra pessoa.

14 - Arrumar outro (a) pra colocar no lugar? Nunca. Dignidade, por favor. O novo (a) namorado (a) não merece...

15 - Já passou mais de 3 meses e você ainda está na fossa? Por favor, procure ajuda. O problema não está na rejeição, e sim em você.

16 - Encare tudo como aprendizado. Não se pergunte "por que", e sim "para que". Você vai se aprimorar, vai crescer, vai mudar.


A verdade pode doer, mas é só ela que cura. Infelizmente, às vezes, teimamos em aceitá-la. Espero ter aprendido alguma coisa, e poder um dia ensinar algo a alguém.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Para onde vão os desejos?

Sempre (até hoje) achei que seria maravilhoso encontrar um gênio da lâmpada. Ele me traria apenas o dilema de "o que pedir" em meio a tantos bilhões de desejos que pairavam em minha mente.


Em alguns momentos da minha vida parecia que este gênio de fato existia, escondido em alguma estrela ou em minha própria mente, devido àquelas coisas, que de tanto eu desejar e acreditar que aconteceriam, um belo dia aconteciam (com o mesmo cenário e trilha sonora projetados).

Em outros momentos, achei melhor me acalmar, esquecer o objeto de desejo e respirar fundo, como uma forma de atrair as coisas boas, juntamente com o que eu desejava: eu vejo a vida como uma água profunda e cheia de ondas, onde os desejos, leves, boiam em sua superfície, se afastando de mim a cada movimento brusco que eu faça em direção a eles.

Isso tudo me trouxe uma contradição absurda (um nó nas minhas idéias).

Dizem os budistas que o desejo é a raiz do sofrimento, tanto se obtido (manter o objeto do desejo) quanto não obtido (frustração). É muito fácil identificar uma pessoa em sofrimento, principalmente aquele "sofrimento enrustido", pelo consumo elevado de bens materiais, alimentos ou drogas. Neste sentido relaciono o sofrimento ao desejo desenfreado, e o consumo excessivo a um desejo frustrado (como quando a gente quer comer camarão e não tem grana, e acaba mascarando o desejo com miojo e nugget de frango - aff...exemplo pessoal). E de sofredor, todo mundo tem um pouco.

Por outro lado, será que é possível viver sem desejar? É possível alguém chegar a algum lugar sem metas ou brindes? Temos nosso lado animal que sempre procura recompensa naquilo que faz, e o faz, pensando na recompensa. Será que eu trabalharia pela simples sensação de dever cumprido ou senso de utilidade (e olha que estou quase assim!)?

Tenho uma colega que deseja se casar. Não um desejo normal, de todo ser humano, de ter companhia, ou aquele desejo que nos sugerem na infância com as histórias de contos de fadas (viver feliz para sempre, etc..), mas parece uma verdadeira ideia fixa: ela passava horas olhando fotos de festas de casamento, decorações, modelos de vestidos e lembranças, ia a desfile de noivas e tudo, quando nem sequer tinha noivo. Eu não sei se ela foi sempre assim ou essa mania começou após o fim de seu primeiro noivado. Eu fico pensando se esse desejo excessivo não chega a ser favorável à sua realização, considerando que ela está no segundo noivado e eu que "não desejei" não arrumo nem namorado (olha a inveja, dona Jessica)! - Isso me leva a uma terceira teoria: A zica. Quando muita gente sabe do que desejamos, elas "furam" nossos pneus (foi assim que "zicaram" minha viagem de férias).

Eu conheci uma forma saudável de desejo quando passei na UnB, e depois, quando passei no processo seletivo da pós. Além de estudar corretamente eu acreditava na minha aprovação como acreditamos que o sol vai nascer amanhã. Isso não me deixava agitada ou ansiosa, apenas me conduzia a fazer o que fosse preciso pra chegar lá.

Talvez eu ainda não tenha sido aprovada em um concurso público por não ter uma meta definida...e com toda a certeza do mundo, estou sem namorado por, no fundo, ter medo de amarrar a égua. Nunca curti namorar por passatempo, e como, chegando aos 25 as coisas ficam mais sérias, namoro indica casamento...e aí vem o pavor!

Ainda vou procurar ajuda pra encontrar esse equilíbrio. Esse desejo sem sofrimento. Espero não sofrer pela riqueza que ainda não veio, pela Europa que ainda não conheci, pela viagem de férias para Florianópolis que vai ficar pro futuro.

Cumprir as metas tem sido saudável..e a prática do não-desejo, também. Hoje venci a tentação de comprar uma caixa de chocolates e troquei esse desejo por uma lata de leite desnatado. Parabéns pra mim.
 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Quem canta / dança / toca (ou simplesmente aprecia...) seus males espanta!

Quando eu estava muito deprimida eu costumava escutar Adriana Calcanhoto (isso mesmo!). É que é tão deprimente que eu passava a me sentir bem, ao me comparar com a pobre criatura que compôs a música. Certa vez, isso não funcionou...e eu comecei a chorar em público (aff..).

Tem horas que é melhor desligar o MP3. Mas quando dá vontade de reagir, sorrir e se sentir melhor, não tem melhor remédio que a música, na minha opinião. Escuto sem dúvida estas três:

1 - Pra exorcizar qualquer fantasma, mágoa ou ressentimento:

Shake it out - Florence + The machine



2 - Pra cantar e sorrir, instantaneamente (canto até dormindo - é sério.)

Sunshine - Matt Costa



3 - Uma das bandas mais elevadoras de autoestima que conheço é o Natiruts... selecionei esta, que me faz, com certeza, esquecer os problemas:

Som de Bob - Natiruts

 
 

Afinal de contas, a paz é a raiz de tudo. A cura pra todos os males. Quando se busca a paz, não há dor que resista. Enjoy the music...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A vida tem suas estações

Acho que todo mundo tem daquelas "fases" em que se costuma dizer que se está numa "maré de azar", ou talvez aqueles momentos em que "tudo vai incrivelmente bem", como quando ouvi uma amiga dizer que o ano de 2011 estava sendo maravilhoso, que todas as coisas estavam "acontecendo" na vida dela... como de fato aconteceram: ela passou num bom concurso público, se formou, entrou na pós graduação e ainda trocou de namorado. Da mesma forma já vi gente reclamando de diversas coisas ruins se sucedendo (de até pensar em suicídio), ou de uma série de perdas (como as que eu vivi entre o final de 2010 e a metade de 2011), que chegam a ser desestimulantes, ou muito estimulantes (!) para quem acredita que não há mal que dure eternamente e percebe que as perdas indicam mudanças, trocas, renovações.

Isso é só a vida seguindo seu curso, como tudo na natureza: insetos que trocam de casco, cobras que abandonam suas peles, plantas que murcham, rebrotam e florescem, vulcões que destroem tudo ao redor para produzir pedras preciosas ou simplesmente, as estações do ano.


Tudo é mudança, e nem sempre isso deixa de ser doloroso. Devemos aprender a lidar com as perdas e os ganhos, sem, simplesmente, "ficar de papo pro ar" e deixar a vida nos levar, lembrando que também somos agentes da natureza e do nosso destino.

Recentemente eu (quase) pensei em desistir de tudo, não em decorrência das perdas, mas da falta de movimento na minha vida. De tanto esperar que as penas novas surgissem ou a primavera que não chegava, pensei estar mesmo condenada ao sofrimento. O que demorou pra eu entender é que esta "mudança" nunca vem por si só.

Existem perdas que não podemos evitar, mas os ganhos, dependem de nós. E a cada vez que uma unha se quebra, um fio de cabelo é arrancado, que uma folha cai, ou que a "pele da cobra" descama, um esforço é demandado para a sua reconstrução, que pode (sim!) ser um aprimoramento, uma evolução.



E de que servem peles mortas, folhas secas, coisas que (boas ou ruins) já se foram? Elas devem ficar no chão, aguardando o momento em que a terra as transformará motivadores para as coisas novas que virão. E seja na primavera, outono ou inverno de nossas vidas, sempre há o que se fazer para que a transformação seja diária, para que as metas sejam renovadas, os medos sejam vencidos, os amores sejam mais intensos e que se tenha mais sabedoria que na estação passada, tenha ela sido de ganhos ou perdas.


E apesar das grandes bobagens que dizemos quando estamos no fundo do poço ("nunca vai dar certo", "não tem jeito", "nunca mais vou amar novamente" - essa última eu disse inúmeras vezes), o tempo é inevitável, e as transformações...são da (nossa) natureza. Cabe a nós decidir se elas serão positivas (evolução) ou se tudo vai terminar na grande atrofia mental do "não tem jeito".

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Distração é importante


 Eu sempre disse que se perder era uma forma de se encontrar...isso levo pra minha vida em todos os sentidos.

Quando, literalmente, estamos perdidos, provamos nossa inteligência e capacidade de encontrar o caminho. Isso acontece quando, na crise, vemos a oportunidade, ou quando deixamos de nos importar com os problemas existenciais ou as coisas que julgamos "importantes" e simplesmente nos jogamos na distração.

Estar distraído é a melhor maneira de encontrar coisas legais e úteis para a vida. É um jeito de esquecer o que se procura para descobrir que aquilo estava bem debaixo do seu nariz. E se alguma coisa ruim acontecer? Que bom, você nem viu!

Não que se deva ser irresponsável ou deixar de enxergar a realidade. Mas tem um momento em que, de tão focados em uma situação ou na resolução de um problema há muito tempo, não se consegue mais nada além de dor de cabeça. Aí o jeito é relaxar e sair por aí, sem ver a "Felicidade" como obrigação, ou como algo que se tenha um modelo a seguir.

Hoje estou sorrindo para o "buraco" financeiro, pro meu coração recém colado com super bonder e para as questões familiares. É uma mistura de massagem capilar + ler um ótimo livro + escutando Beirut + malhar + pizza de margherita. Tudo junto e misturado...

Distrair faz parte. E a gente chega lá!


Status de hoje: Com a terrível dúvida sobre o que me faria mais feliz neste momento: um violão ou um modem 3G para tablet android.

terça-feira, 7 de maio de 2013

O Everest de cada um

De uns tempos pra cá passei a abominar a rotina e enxergar os dias normais como um precioso tempo indo pelo esgoto, uma missão de vida sem rumo. Andei sentindo falta de algo que me desafiasse e mudasse completamente o sentido da minha vida (mesmo sem enxergar sentido na vida) e passava um bom tempo sonhando com algum desafio extraodinário que me deixaria apenas duas alternativas: vencer ou morrer, me dando a chance de realizar sonhos.

Talvez eu gostaria de sair numa jornada, me perder em lugares descohecidos, atravessar o oceano num barco a vela, ou cair em uma ilha no meio do pacífico com um monte de gringos, entre mortos e feridos, como uma forma de encontrar um grande sentido na minha vida e esquecer tudo o que não é importante, me tornar uma pessoa melhor, como uma borboleta recém saída do casulo.

(What??)
O Everest não me saiu da cabeça por uns dias. Não sou alpinista (pratiquei escalada apenas algumas vezes na adolescência) e sabia que isso nunca faria parte da minha realidade (pirei de vez...antes queria sair viajando sem rumo e agora a meta era escalar o Everest!).



Só que não.. eu não queria largar tudo e me tornar atleta pra arriscar minha vida no gelo sem um tostão furado. Eu só estava procurando o meu Everest. Hoje me veio à cabeça que cada um tem o seu. O Everest são todos os nossos dias, rotineiros ou não. Cada desafio requer uma "aclimatação" e uma trilha, tal como este grande desafio dos alpinistas (falando nisso, temos alpinistas brasileiros em uma missão do Everest neste momento).

O Everest pode ser um trabalho de auditoria. Eu posso ter minha equipe e aprender a lidar com ela, e assim conhecer o verdadeiro valor das amizades. Ele pode estar no meu rumo, que trilho dia após dia. Nas minhas metas, que diferentemente do Everest, podem ser ainda maiores que ele, pois não há limites para os sonhos. E posso, ainda, quebrar a rotina e ver lindas paisagens, conhecer novas culturas ainda que eu não saia da cidade...

É. Foi só isso que o dia de hoje me ensinou, e essa idéia fixa finalmente foi esclarecida, como algo que para muitos é óbvio, mas que pra mim demandou aprendizado e a reflexão de uma mente dispersa no meio de uma reunião.

Até o próximo Everest.

E pra fechar a noite, uma foto gigapixel do Everest que eu amo:
http://www.extremos.com.br/noticias/121219_foto_gigapixel_do_everest_de_david_breashears/

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vigiando a Auto-Estima



Aos poucos vivencio a tendência intrínseca do ser humano em deixar pra depois o que se poderia fazer agora e de ficar sempre na mesma condição, como uma zona de "conforto", não do ócio, mas da procrastinação.

Deste modo me tornei sedentária (apesar de adorar atividade física), abandonei todas as tentativas de fazer dieta antes de completar 15 dias e nunca consegui passar em um concurso público (por, de fato, nunca saber qual era a minha meta). Percebi que antes mesmo de receber um pagamento de hora extra ou reajuste salarial, todos começamos, inconscientemente, a planejar novas despesas. E quando me sobra tempo por não fazer horas extras, dou um jeito de desperdiçar meu tempo e manter o quarto bagunçado, as unhas por fazer e os estudos atrasados. É a zona de conforto, que também chamo de preguiça.

Talvez por ter sido responsável demais durante muitos anos da minha vida (ter sido uma criança que  se levantava sozinha, fazia o próprio café da manhã, fazer as lições de casa sem ninguém mandar, sempre passar de ano e entrar na Unb sem que meus pais tenham me puxado as orelhas ou me posto num cursinho), depois de uns anos eu tenha resolvido inverter as coisas e deixar tantas coisas importantes de lado (todo mundo precisa relaxar um dia). Ou quem sabe eu tenha errado no nível de auto exigência, e em determinado momento eu tenha me "reprovado" e desistido de mim.

Mas esse processo de auto-sabotagem é comum em todo mundo..e devido a tanta preguiça resolvi procurar ajuda nas ideias e experiências alheias: talvez uma mente iluminada me ajude.

Há algum tempo passei a acompanhar o blog "Vigilantes da Auto-Estima", de uma escritora muito simpática, que atualmente relata uma viagem pela Europa (um grande sonho que tenho), mas que no passado viveu uma situação muito semelhante, e após sucessivas perdas decidiu virar a página e (literalmente) vigiar sua autoestima durante um ano.

As coisas que li (e olha que tenho preguiça de ler!) me fizeram refletir se é mesmo possível alguém "vigiar" sua autoestima, como uma coisa feita "de fora pra dentro". Acredito que sim, considerando que cultivar o amor próprio é cuidar de algo que já possuímos e que só não estávamos alimentando. Isso passa pela eliminação total da auto-sabotagem e da procrastinação.

É possível reverter o processo e "arrumar" a casa. Priorizar o que é realmente importante, deixar de me "mimar" (o que só me tem estragado) e passar a me amar, ainda que a verdade machuque. Perceber o prazer em sacrificar horas de descanso por estudos e auto conhecimento, em trocar uma refeição desnecessária por uma caminhada e uma paixão fulminante pelo amor próprio, tão natural e divino.

Sinto que já comecei... virando páginas, limpando tapetes, respirando fundo. Esse blog vai me servir pra relatar se é possível ou não a Jessica vigiar a própria autoestima e se ligar em tantas coisas sem perder o foco. E lá vamos nós...